quinta-feira, 16 de maio de 2013

Adestramento de Cavalo

Adestramento de Cavalo


O adestramento clássico é uma modalidade olímpica. Tem sua origem nas antigas práticas de guerra através de reedições de testes feitos com cavalos nos exércitos europeus, no século XIX.
No adestramento o conjunto deve efetuar determinados movimentos , que são as figuras e o objetivo é obter a maior pontuação possível.
Tanto o cavalo como o cavaleiro devem estar confiantes e entrosados para efetuar a figura já que havendo um pequeno erro a qualidade do movimento fica comprometida prejudicando a pontuação. Para um cavalo chegar ao olímpico requer muito treinamento, saúde e sorte.
Geralmente o treinamento de uma cavalo de adestramento começa aos 4 anos de idade e chegando ao seu ponto máximo entre 12 e 16 anos. O trabalho é gradual e exige muita paciência principalmente na contrução de confiança cavalo e cavaleiro. Afinal comandar um animal em torno de 650 kgs. com simples comandos de assento por uma cavaleiro ou amazona que pesam entre 55 e 90 kilos não é das tarefas mais fáceis !
A questão da saúde esta relacionada a condição do cavalo em receber durante 6 dias/semana e onze meses/ano vários tipos de exercício. Um cavalo com 12 anos de idade é um verdadeiro atleta com pura musculatura e caráter próprio desenvolvido !
A sorte tem seu espaço nas várias etapas em um convívio com o cavalo. Por mais que o cavaleiro faça analises de conformação, andadura, temperamento e saúde quando escolhe um cavalo no campo a sorte é imprescindível na confirmação na combinação dos fatores.
O julgamento na prova de adestramento é subjetivo. Os juízes julgam a reprise de cada conjunto dando notas de 1 a 10 de acordo com cada figura feita. Os juízes recebem treinamento específico e tem seu nível de atuação de acordo com o número de horas julgadas e com o grau de atualização, via participação de treinamentos.
Existem várias séries de acordo com o nível de dificuldade das figuras. A mais fácil, para iniciantes, é a elementar. Depois segue a seguinte ordem: preliminar, média I , média II, forte e GP Internacional.
Existem várias figuras divididas em menor ou maior grau de dificuldade de acordo com o nível da represe. A seguir alguns exemplos de figura galope alongado, passo livre, mudança de galope simples, mudança de galope a tempo, pirueta, espádua para dentro, travers, renvers , passage, piaffe, etc.

Adestramento no Brasil

O adestramento clássico a nível de competição no Brasil é praticado por aproximadamente 200 cavaleiros ou amazonas. As competições nacionais são concentradas primeiramente em São Paulo depois Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
Algumas iniciativas isoladas de empresas privadas ou grupo de pessoas amantes do esporte tem patrocinado campeonatos de boa qualidade, clinicas com treinadores estrangeiros e convites a juízes de renome internacional.
Em média são realizados entre 8 e 10 eventos nacionais durante o ano.
Outro fato que tem contribuído para o incremento do esporte é a facilidade de acesso que os meios de comunicação tem oferecido aos praticantes assim como também o interesse da FEI - Federação Equestre Internacional em difundir a modalidade.
A FEI, assim como federações internacionais de outros esportes tem o interesse na popularização da modalidade e o Brasil , principal país da América do Sul, tem se beneficiado de algumas ações.
A maioria dos conjuntos são de origem européia que trouxeram ao Brasil a tradição desta modalidade bem mais popular principalmente nos países como Alemanha, Holanda, Suécia, Suíça, Dinamarca, França , entre outros. Praticantes da categoria de concurso completo também estão aderindo o adestramento já que a mesma , junto com o Adestramento clássico e “cross country” compõem a modalidade.
Novos valores estão surgindo no esporte, principalmente na categoria infantil e o grande desafio é mantê-los interessados pelo esporte.

ADESTRAMENTO DO CAVALO DE SALTO

O Adestramento, como sabemos, tem por fim permitir ao cavaleiro o perfeito domínio das forças do cavalo e a completa exploração das mesmas.
Bastariam, pois, estas palavras para fazer compreender sua grande importância e extrema necessidade para o cavalo de salto.
Embora nunca cheguemos a dele exigir as grandes dificuldades da Equitação Acadêmica, sentiremos a necessidade de o termos, pelo menos, perfeitamente “na mão” durante a execução dos mais rigorosos percursos de obstáculos.
Isto será a obra do adestramento. Ele é que nos permitirá, inicialmente, restabelecer o equilíbrio do cavalo comprometido, pelo peso do cavaleiro, adaptando-o às novas exigências a que irá ser submetido, e capacitando o animal a dispor de sua massa em todas as direções e em todos os sentidos, e preparando seus músculos, seu coração e seus pulmões para satisfazerem todos os esforços que terão de realizar.
Sem um adestramento metódico, nunca teríamos o que podemos denominar de “cavalo de salto”, isto é, um animal capacitado a ser submetido aos esforços violentos que lhe exigiremos, sem nunca se rebelar contra a vontade do cavaleiro, se entregando de boa vontade e procurando dar o máximo de seus esforços para bem desempenhar o papel que se lhe exige. Teríamos, isto sim, um animal constrangido pela força e pelo temor a obedecer a seu cavaleiro; um animal que, à primeira oportunidade, se rebelará e se defenderá. Teríamos as verdadeiras caricaturas de cavalo de salto, tão ridículas quanto seu cavaleiro e, infelizmente, tão comuns em nossas pistas – cavalos que em vez de serem prestimosos e eficientes colaboradores de seus cavaleiros tornam-se verdadeiros tiranos, levando-os à sua vontade, como e para onde querem.
Será preciso compreender que, quando falamos em adestramento do cavalo de salto, não nos referimos, exclusivamente, ao adestramento do tipo daquele a que submetemos um cavalo de picadeiro, mas a um adestramento dirigido de maneira a preparar o cavalo, física e moralmente, para seu mister de cavalo de salto.
Assim sendo, teremos de abordar 2 (dois) objetivos distintos, que, entretanto, se entrosarão intimamente durante o trabalho: o adestramento propriamente dito e o adestramento no obstáculo.
O primeiro compreenderá o domínio da massa do cavalo, a procura de seu equilíbrio e seu governo em todas as andaduras e velocidades, e em todas as direções. O segundo compreenderá a ginástica, o equilíbrio e o domínio do cavalo na frente da barreira e após o salto, o cálculo e a execução do gesto de salto correto, a par do desenvolvimento de seus músculos e de seus pulmões.
Estes dois objetivos, aparentemente tão distintos, são, entretanto, interdependentes, e devem ser abordados simultaneamente. Se adiantarmos o adestramento propriamente dito, nunca poderemos avançar o adestramento no obstáculo sem nos sujeitarmos a insucessos. Sua influência será enorme na preparação física e moral do cavalo para os esforços do adestramento no obstáculo.
O Adestramento ou Dressage deriva seu nome da palavra francesa dressur, que significa "treinar". É uma das três modalidades eqüestres olímpicas, regulada pela Federação Eqüestre Internacional (FEI). O objetivo geral do Adestramento é auxiliar o cavalo a desenvolver, através de diversos exercícios, a capacidade de executar todos os seus movimentos naturais, tornando-o um animal flexível, calmo, atento ao cavaleiro e, portanto, agradável de se montar. Partindo deste princípio, em tese todo cavalo de sela deveria receber tal treinamento, mesmo em nível básico.
Os cavalos destinados à competição necessitam, porém, de treinamento avançado, que é realizado em escalas, do iniciante ao Grand Prix (Grande Prêmio). Animais que atingem tal nível de treinamento devem dar a impressão de "flutuar" pela pista sem o auxílio do seu cavaleiro, com os movimentos mais complexos realizados sem esforço aparente.
Por isso, a modalidade é muitas vezes conhecida como "Ballet Eqüino". As origens do Adestramento se encontram nos escritos de Xenofonte, da Grécia Antiga, que pregava o treinamento dos cavalos sem violência e seguindo sua movimentação natural. Não se sabe se os célebres cavaleiros da Idade Média seguiam seus métodos, embora isso seja pouco provável - aparentemente, o controle dos animais era feito através de embocaduras extremamente severas, esporas violentas e exaustão física.
Durante o Renascimento europeu, os princípios gregos de Xenofonte foram revividos e a Equitação Clássica se tornou um dos principais passatempos dos reis e nobres. Estes passaram, então, a criar cavalos que possuíssem maior facilidade de executar os movimentos deles exigidos e desenvolver embocaduras e selas mais adequadas à modalidade. Até hoje, os cavalos da Alta Escola de Equitação de Viena e de Saumur, na França, são treinados de acordo com tais ensinamentos e apresentados com equipamentos idênticos aos da época.



Nenhum comentário:

Postar um comentário