terça-feira, 14 de maio de 2013

Os Cavalos



O cavalo é descendente de uma linha evolutiva com cerca de sessenta milhões de anos, numa linhagem que parece ter se iniciado com um animal primitivo com cerca de 40 cm de altura. Os antecessores do cavalo, são originários do Norte da América mas extinguiram-se aí por volta do Pleistoceno há cerca de cento e vinte mil anos.

As raças de cavalo, de maneira geral, são muito semelhantes em sua forma física, possuindo corpos bem proporcionados, ancas possantes e musculosas e pescoços longos que sustentam as cabeças de acentuada forma triangular.

As orelhas dos cavalos são pontudas e móveis, alertas ante qualquer som, e a audição é aguçada. Cavalos selvagens foram difundidos na Ásia e Europa em épocas pré-históricas, mas as vastas manadas foram se esgotando através das caçadas e capturas para domesticação.

No Brasil, as primeiras raças de cavalo foram introduzidas em três momentos distintos: a primeira leva veio em 1534, na Vila de São Vicente; a segunda, em Pernambuco, em 1535; a terceira, na Bahia, trazidos por Tomé de Sousa. Confira abaixo algumas das principais raças de cavalos conhecidas no Brasil.


A origem do cavalo

O cavalo tem sido a milhares de anos um dos animais de maior utilidade para o homem. Em tempos passados proporcionava o mais rápido e seguro meio de transporte em terra. Caçadores a cavalo perseguiam animais a fim de matá-los para alimentar-se de sua carne, ou por esporte. Nas batalhas, os soldados lançavam-se à luta montados em fortes cavalos de guerra. Em muitos países os cavalos serviam de montaria para penetração no interior, tração das diligências, ou no serviço de correios.
Hoje o cavalo não tem a mesma importância de antigamente. Na maioria dos países, o "cavalo de ferro" (as ferrovias) e a "carruagem sem cavalos" (automóveis) substituíram quase inteiramente o cavalo. Mas este animal ainda é usado tanto para esporte como no trabalho. Crianças e adultos montam a cavalo por prazer ou exercícios. Grandes multidões vibram ao assistir corridas de cavalo nos hipódromos (pistas especiais para este tipo de corridas ). Cavalos são apresentados em circos, rodeios e outras exibições. Ajudam os vaqueiros a reunir os grandes rebanhos de gado, e puxam arados e outros equipamentos agrícolas.
O cavalo é bem conformado para o trabalho e a corrida. Por exemplo, as narinas grandes facilitam-lhes a respiração. Os cavalos tem um apurado sentido de olfato, ouvido sensível e uma boa visão (sentido dos eqüinos). Tem dentes fortes, mais só comem cereais e plantas, jamais carne. As pernas compridas e musculosas dão-lhes força para puxar grandes cargas ou para correr em alta velocidade. Os cavalos também usam as pernas como principal arma. O coice de um cavalo pode ferir gravemente um homem ou outro animal.
Os cientistas acreditam que o mais antigo antepassado do cavalo era um pequeno animal com 25 a 50cm de altura. Dão a esse animal o nome científico Eohippus - em português, eoípo. O eoípo viveu a cerca de 55 milhões de anos na parte do mundo que é hoje a Europa e a América do Norte. Esses cavalos pré-históricos tinham o dorso arqueado (curvo) e o nariz em forma de focinho. Pareciam mais cães de corrida, do que o moderno cavalo de dorso reto e cara comprida. Tinham 4 dedos nos pés dianteiros, e três dedos no pé traseiro. Cada dedo terminava com um pequeno casco separado. Grandes almofadas resistentes, evitavam que os dedos tocassem o chão. Eram essas almofadas que sustentavam o peso do animal.
O mais importante antepassado do cavalo, a seguir, foi o Mesohippus - ou em português mesóipo. Ele viveu a cerca de 35 milhões de anos atrás. O mesóipo tinha em média 50cm de altura, e suas pernas eram cumpridas e finas. Cada pé tinha três dedos, sendo que o do meio era o mais longo. A cerca de 30 milhões de anos o mesóipo deu lugar ao Miohippus - em português miópio . Este tinha cerca de 60 a 70cm de altura, e seu dedo médio era mais cumprido e mais forte do que o de seus antepassados.
Animais parecidos com o cavalo continuaram a se desenvolver, e há cerca de 26 milhões de anos o Merychippus se desenvolveu, tinha cerca de 1m de altura. Como o miópio ele tinha três dedo, entretanto os laterais eram quase inúteis. Terminava em um casco curvo que sustentava o peso inteiro do animal.
Há cerca de 1 milhão de anos, os cavalos tinham provavelmente a mesma aparência do cavalo moderno sendo que eram maiores do que seus antepassados. Os dedos laterais se transformaram em ossos laterais das patas e deixaram com que o casco central, grande e robusto, sustentassem o peso do animal. Os dentes também mudaram, passaram a ser mais aptos a comer capim. Os cientistas agrupam esses cavalos junto com seus antepassados em um gênero chamado Equus.
Não se sabe onde se originaram os cavalos, mais fósseis indicam que na era glacial eles viviam em todos os continentes, exceto na Austrália. Grandes manadas vagavam pela América do Norte e Sul. Posteriormente, por uma razão desconhecida, eles desapareceram do hemisfério ocidental.

Estágios do sono

Como você se sente depois de uma noite ruim e de dormir pouco? Péssimo, não é? O seu cavalo também precisa ter uma boa noite de sono e pode acordar de mau-humor!
Portanto, não o perturbe! Ainda mais por possuírem diferentes níveis de relaxamento durante o sono, e podem até sonhar.
O seu cavalo só dormirá tranqüilo se tudo estiver seguro, portanto, o fator mais importante é a segurança. Pois seu instinto de defesa requer que esteja sempre pronto para fugir quando surpreendido.
Observa-se que cavalos domésticos, acostumados a dormir protegidos em baias, quando soltos em pastos, lugares abertos e grandes, eles tornam-se agitados e dormem pouco até se acostumar com a rotina do local e ter certeza que está seguro para dormir profundamente. Mas quando é solto um grupo de cavalos, as coisas ficam mais fáceis, mas ainda há um período de adaptação. Enquanto um grupo dorme, um dos membros fica de sentinela.
Saiba que os cavalos podem dormir em pé, e até possuem ligamentos especiais nos membros posteriores, que os permite sustentar-se enquanto dormem. Sabendo as posições dos cavalos, você pode saber em que estágio está o sono e em que estágio está o relaxamento do animal, pois se refletem na posição em que dormem. Portanto quando se encontra o cavalo em pé podemos dizer que está cochilando, e permanece fazendo alguns movimentos com o pescoço, vibrações na pele, abanando o rabo e alternando o membro posterior que se encontra em repouso.

De acordo com o estágio de sono, o animal recebe diferentes estímulos cerebrais. Um estágio bem interessante é o do sono médio pois, durante o estágio as ondas cerebrais atuam como se o animal ainda estivesse acordado e seus olhos parecem piscar mesmo estando fechados. Neste período do sono o corpo descansa enquanto o cérebro continua em atividade.

Detectando o sono

Sono Profundo

No sono profundo o animal deita-se totalmente sobre um dos lados do seu corpo, mantendo inclusive um dos lados da cabeça e do pescoço encostados no chão, numa postura de completo relaxamento.

Sono Médio

No sono médio o cavalo deita-se sobre a coxa e a paleta do mesmo lado, flexionando os membros colocando as patas quase debaixo do corpo e a cabeça pode estar erguida ou com focinho apoiado no solo. O período desse sono é importantíssimo para o descanso e a tranqüilidade do seu animal. O estágio que o corpo repousa enquanto o cérebro continua em atividade.

Sono Superficial

O sono superficial é quando o cavalo se encontra numa dormência muito leve. Ocorre com maior freqüência com os cavalos adultos, que passam grande parte do seu sono em pé, por possuírem os ligamentos especiais.
Entre esses três estágios de sono, o cavalo gasta em média 6 a 8 horas por dia. Não se sabe exatamente a duração de cada estágio de relaxamento, mas pode-se dizer que, em devidas condições de conforto, o período de sono médio tem uma duração de 2 horas no total, somadas em 4 ou 5 pequenas sessões. Mas, enquanto o cavalo descansa o cérebro continua trabalhando. Uma das regiões do cérebro que continua em atividade é o córtex. O animal só relaxa completamente durante o sono profundo, quando se deita sobre um dos lados do seu corpo. È importante lembrar que para que os cavalos tenham boas horas de sono e um pouco de sossego para o descanso precisam ter seu próprio espaço, limpo, organizado e confortável, isso faz parte do ciclo vital.

Súplica do cavalo ao seu dono

A ti, dono meu, elevo está súplica:
Dai-me regularmente , de comer e beber.
Terminado meu trabalho, proporciona-me abrigo confortável para que eu descanse e recupere as energias.
Examina continuamente, meus pés e escova meu pelo.
Se eu recusar alimento examina minha boca; pode ser uma úlcera que me empeça de comer ou meus dentes me doam.
Fala-me calmamente. Tua voz incentiva, não o chicote ou o bridão. Acaricia-me, de quando em quando; pagar-te-ei todo o carinho, aprendendo e servindo-lhe melhor, pagando, em suma, amor com amor.
Não cortes minha cauda, pois com ela espantos insetos que costumam atormentar-me.
Não puxe violentamente as rédeas, nem me apliques fortes relhadas, ao eu ter dificuldade em subir ladeiras sob carga pesada.
Não me maltrates com os calcanhares, nem me batas, quando não entender seus desejos; faz com que compreendas teu pensamento.
Dou-te sempre tudo que puder. Se acaso, me recusar a obedecer, verifica se não estou mal ensilhado ou se meu freio não me perturba, ou ainda se algo molesta meus pés, causando-me dor.
Se eu assustar não me castigues; verifica, se minha vista apresenta algum defeito.
Não me obrigues a carregar ou arrastar um peso superior as minha forças, nem a trotar velozmente em estradas ou pisos escorregadios.
Se eu cair ajude-me a levantar; se eu tropeçar não me culpes por isso.
Não acrecentes ao meu medo diante de suas fortes chibatadas.
Defende-me dos causticantes raios solares, se fizer frio, cobre-me, quando eu estiver repousando.
Quando a velhice tornar-me inválido, lembra-te dos serviços que te prestei; não me vendas, nem me deixes morrer a mingua; sacrifica-me, então, sem padecimentos, tu mesmo, ser-te-ei grato por isso!
Rogo-te tudo isto em nome daquele que quis nascer em um estábulo.
Os cavalos tem os sentidos da visão, audição e olfato mais desenvolvidos do que o homem. A face longa característica do cavalo não é necessária apenas para conter seus grandes dentes: ela também abriga os sensíveis órgãos do olfato. Os olhos ficam mais para o alto do crânio, nos lados da cabeça, propiciando aos cavalos boa visão periférica, mesmo quando pastam. As orelhas são grandes, capazes de se movimentar e apontar em direção ao mais leve ruído. Por natureza, o cavalo vive em rebanhos e demonstra grande afetividade em relação aos outros membros do grupo, sendo esta lealdade facilmente transferida ao seu dono. Uma vez desenvolvida a ligação afetiva , o cavalo se esforça muito para executar ordens, por mais difíceis que sejam. Por isso esses animais tem sido vítimas de abusos cruéis, mas também são muito amados, talvez mais que qualquer outro animal na história da humanidade. Apesar de sua forte associação com seres humanos, o cavalo ainda conserva seus instintos naturais de comportamento. Defendem seus espaço e amamentam os filhotes, e precisam sempre de companhia.
Rolar no solo como este pônei é parte importante do toalete dos cavalos. Relaxa os músculos e ajuda a remover os pelos soltos, a sujeira e os parasitas.
Ao repuxar os lábios como este garanhão, após cheirar a urina de uma égua, ele está procurando saber se ela está no cio, ou seja pronta para acasalar.
Muitas vezes dois cavalos permanecem com seus corpos encostados uma ao outro, da cabeça à cauda, afocinhando amigavelmente as crinas e o dorso. Dependendo da estação, essas sessões de limpeza são mais ou menos freqüentes, e não duram mais que três minutos.

Passo












Todos os cavalos, independentemente da raça, andam a passo, mesmo que ainda não tenham sido domesticados. Por isso se diz que está é a andadura natural. No passo, o cavalo movimenta um membro de cada vez, mantendo pelo menos dois deles apoiados no chão.

Trote













No trote, o cavalo movimenta duas pernas de cada vez, sempre na diagonal, havendo, em alguns casos, um momento de suspensão.

Galope











O galope, diferentemente do passo e do trote, é uma andadura de três tempos, ou seja, enquanto dois membros se movimentam juntos, os outros dois podem se mover separadamente.


Cânter


O Cânter (do inglês canter - andar a meio galope) é um andamento a três tempos, em que o cavalo avança com a perna dianteira direita quando gira para a direita e vice-versa. Quando o cavalo tenta virar para a esquerda avançando com a perna dianteira direita, portanto, a do lado de fora no mvimento, esse avanço é chamado um " avanço falso" ou cânter com a perna errada. A seqüência de pisadas que dão as três batidas rítmicas no chão são, quando o movimento se inicia com a perna dianteira direita: posterior equerda, esquerda diagnol (em que as pernas dianteiras direita e traseira esquerda, tocam o solo simultaneamente) e, por fim, perna dianteira direita - dita "de guia".

Recorde de Salto em Altura

O Record Mundial em altura (vide foto), vem se mantendo até hoje desde 5 de fevereiro de 1949. Na foto vemos o Cap. Alberto Larraguibel Morales, chileno, que conseguiu a incrível marca de 2,47 m, montando HUASO (ex-Faithfull).

Recorde de Salto em Largura

Consta que o Record Mundial EM LARGURA, foi obtido por André Ferreira, quando saltou 8,40 m em 1975.
O cavalo foi, talvez, o animal que mais radicalmente mudou de utilidade. Quando o homem o dominou e adestrou pela primeira vez, usou-o como meio de transporte e para fazer a guerra. Hoje, no entanto, já é utilizado como ajudante em terapias para crianças deficientes. Pelo meio, serviu (e serve) como animal de trabalho e de companhia.
O cavalo é um caso raro de sucesso, que faz parte do imaginário de todos nós, e em especial das crianças. Quem não gostaria de ter um? No entanto, trata-se de um animal que requer do dono e/ou tratador muito tempo e dedicação.
Se é criador ou possuidor de um cavalo e quiser partilhar com os outros utilizadores as suas experiências e opiniões, participe! Teremos todo o gosto em procurar uma forma de as publicar.



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