Afecções da canela em cavalos de
corrida – Parte II
Exostose (“Sobreossos”)
Os sobreossos são periostites proliferativas que formam uma massa óssea ou calo ósseo nos pequenos metatarsos (segundo e quarto metacarpiano). São comumente vistos nos membros anteriores dos animais jovens, mas também podem ocorrer nos posteriores. Devido á posição anatômica (face interna da canela) o segundo osso metacarpiano é o mais afetado.
Causa
A deposição de tecido ósseo é uma resposta a uma entorse do ligamento interósseo, trauma ou fratura do osso em questão. No primeiro caso o sobreosso tem a designação de inativo, por ser apenas uma reação óssea normal acompanhada da formação de calo ósseo. Já as fraturas representam a designação ativa, e geralmente a sua presença é acompanhada de inchaço e dor local quando o membro é flexionado. O sobrepeso e os joelhos “off-set” são os dois principais fatores predisponentes.
Diagnóstico
Além da tradicional visualização e palpação, o RX é necessário para diferenciar entre inativo e ativo e qual linha terapêutica tomar. É de salientar que nem sempre os sobreossos são causa de claudicação, sendo a sua maioria reflexo de estresse durante o primeiro ano de treinamento ou apenas lesão de ordem estética.
Tratamento
A terapia é direcionada á redução da atividade física sem perder dias de treinamento para redução da dor. Se dor intensa, o repouso absoluto é indicado. O tratamento inclui o uso de drogas antiinflamatórias locais e sistêmicas. Terapia térmica com gelo também poderá ser utilizada nas fases agudas. Também nesta fase poderão ser realizadas aplicações subcutâneas locais de corticóides, mantendo após o membro enfaixado com ataduras e bandagens.
Para os casos que não apresentam sinais clínicos de inflamação ou são crônicos, é indicado o uso de revulsivos locais, provocando uma reação inflamatória local com reabsorção secundária do tecido ósseo e diminuição do sobreosso.
Para os casos que não apresentam sinais clínicos de inflamação ou são crônicos, é indicado o uso de revulsivos locais, provocando uma reação inflamatória local com reabsorção secundária do tecido ósseo e diminuição do sobreosso.
Prognóstico
Em geral o prognóstico é bom e não altera a performance atlética dos animais. No entanto, em alguns casos, o ligamento suspensório poderá ser atingido dificultando a cura do processo e aumento o tempo de retorno ao treinamento. Nos casos em que a conformação física do animal tende para estreitamento de base e mãos para fora, o prognóstico é reservado e a cura a longo prazo.
Fraturas dos metacarpos acessórios (segundo e quarto metacarpiano)
Fraturas agudas dos segundo e quarto metacarpianos são caracterizadas por calor no local, edema e dor, com variáveis graus de claudicação. As causas variam entre concussão intermitente a traumas diretos.
O diagnóstico é realizado através de palpação local do membro em flexão e RX, no qual será visualizada uma linha de fratura através do osso. A fratura poderá ser completa ou incompleta. Neste último caso, a fratura está associada a alterações proliferativas do periósteo ou espessamento do osso afetado.
O tratamento inclui primeiramente a redução do processo inflamatório, como citado para os sobreossos. Após, o procedimento indicado para as fraturas situadas na metade mais fina é a remoção cirúrgica. As encontradas na porção inicial, que é a parte mais larga dos ossos metacarpianos acessórios, são tratadas através de repouso e formação de calo ósseo para solidificação da fratura.
Cuidados devem ser tomados para não haver processo infeccioso local devido á lesão dos tecidos adjacentes (ligamentos, tendões, subcutâneo e cápsulas articulares), levando a um prognóstico reservado do caso.
No caso de tratamento ser conservativo e a formação do calo ósseo atingir o ligamento suspensório, a cirurgia também é indicada.
O prognóstico para o tratamento das fraturas depende do comprometimento do ligamento suspensório. No entanto, para a maioria, o prognóstico para retorno a atividade atlética é bom.
Fraturas agudas dos segundo e quarto metacarpianos são caracterizadas por calor no local, edema e dor, com variáveis graus de claudicação. As causas variam entre concussão intermitente a traumas diretos.
O diagnóstico é realizado através de palpação local do membro em flexão e RX, no qual será visualizada uma linha de fratura através do osso. A fratura poderá ser completa ou incompleta. Neste último caso, a fratura está associada a alterações proliferativas do periósteo ou espessamento do osso afetado.
O tratamento inclui primeiramente a redução do processo inflamatório, como citado para os sobreossos. Após, o procedimento indicado para as fraturas situadas na metade mais fina é a remoção cirúrgica. As encontradas na porção inicial, que é a parte mais larga dos ossos metacarpianos acessórios, são tratadas através de repouso e formação de calo ósseo para solidificação da fratura.
Cuidados devem ser tomados para não haver processo infeccioso local devido á lesão dos tecidos adjacentes (ligamentos, tendões, subcutâneo e cápsulas articulares), levando a um prognóstico reservado do caso.
No caso de tratamento ser conservativo e a formação do calo ósseo atingir o ligamento suspensório, a cirurgia também é indicada.
O prognóstico para o tratamento das fraturas depende do comprometimento do ligamento suspensório. No entanto, para a maioria, o prognóstico para retorno a atividade atlética é bom.
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